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Ana Doce

Formação online versus formação presencial! Trabalhar em complementaridade ou em substituição?

Atualizado: 16 de set. de 2020

Por: Maria José Amaro, Productivity Coach


Dou formação desde 1992. Sou enérgica, dizem que parece que tenho pilhas "duracell", mexo-me pela sala, subo a cadeiras e mesas para me fazer entender, faço teatro e interajo ativamente com as pessoas que tenho em sala.

Dizem que a necessidade aguça o engenho. E é uma verdade!

Na Ábaco, começámos a dar formação online, antes de declarado o confinamento obrigatório consequência da pandemia COVID-19, porquepara nós era óbvio o que iria acontecer e entendemos por bem começar a preparação para o impacto de uma mudança na forma de entregar a nossa formação.Por outro lado era fundamental saber até que ponto Áa a capacidade de adaptação às novas tecnologias, por parte de quem administra as formações. Comecei eu, com um programa de formação que duraria 9 semanas e o Mário Resina com uma formação sobre Gestão de Riqueza.Foi neste contexto que comecei a dar formação Online! Sentada, a "jogar" com os gestos e com a voz.Com uma sala que cabia no ecrã do computador. Com silêncio do outro lado. Audiências com uma média de 50 pessoas, em que se fazem perguntas retóricas, pois é impossível abrir-se os microfones a toda a gente.Pedem-se "feedbacks" no "chat" e vai-se conciliando o discurso fluido e o responder às questões sem perder o raciocínio.Demorei a ter a noção que tinha de olhar diretamente para a câmara e não para o canto onde está minimizada a imagem da audiência. Mas, deixem-me que vos diga, para quem que nunca tinha feito nada do género, foi uma enorme surpresa e descobri rapidamente que afinal é possível.Foi um sucesso a entrega do Programa de formação a que na KW chamamos 36-12-3 (36 Transacções-12 meses-3 horas).

Quando entrámos em estado de emergência e confinamento obrigatório, estávamos preparadíssimos para a formação online.Fomos rápidos a reagir e tomámos uma decisão: abrir a formação a todos os profissionais da indústria. Tivemos muitas pessoas em sala, oriundas de todo o país. Profissionais de outras agências, umas mais pequenas, outras maiores e até de outras redes. As mensagens de retorno foram sempre positivas.

Três meses depois, continuamos a ter pessoas que reconhecem a nossa formação e continuamos a ter participantes que vêm pela 1ª vez, outros que repetem formações.

Quanto à nossa organização, eu ganhei experiência, todos ganhámos experiência. Descobri que, afinal, é possível prender a atenção da sala, ir fazendo "chamadas" de atenção e verificação da mesma. Em grupos grandes, a maior parte da interação é feita através do "chat". Em grupos mais pequenos, conseguimos interação através de diálogo. Mais importante é que continua a existir um Domínio das matérias dadas.

Agora,se me perguntarem, se trocava a formação online pela presencial, eu vou dar uma resposta híbrida: sim e não.Com aformação online, conseguimos chegar a muitas pessoas e a pessoas que possam viver em outros locais que não Lisboa. Este modelo facilita os acessos e as deslocações. Tem desafios que penso que estamos todos a aprender a lidar com eles neste moderno modelo de aprendizagem e, naturalmente, vamos evoluindo todos os dias.

Quanto á formação presencial? Sim, tenho saudades.Do que é que sinto mais falta? De ver as pessoas ao vivo e a cores, de lhes tocar fisicamente e de subir às cadeiras e mesas.  A energia numa sala cheia de gente é inebriante.A passagem da mensagem é mais rápida.

Penso que caminhamos para uma boa convivência entre os dois modelos: o presencial e o online. Lado a lado, complementando-se.

Seja qual for o modelo, eu estou presente. Porque adoro o que faço, adoro ensinar, adoro pessoas.




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