Por: João Luciano, Fisioterapeuta
Este NÃO é mais um daqueles artigos onde a máxima do sentar “direito” é o maestro da orquestra. Hoje NÃO lhe vou ensinar como sentar, levantar, baixar e mover. Hoje, vou dizer-lhe que tudo o que faz, muito provavelmente (SIM) faz bem, e onde erra, talvez seja no que fica por fazer. É perfeitamente comum culparmos, ou culparem, a nossa postura pela causa das nossas queixas/problemas. Mas será assim tão correto? Atualmente, a comunidade científica médica já chegou a conclusão que não existe correlação entre a postura do indivíduo e o índice de lesão/dor. Pensemos juntos: Se no seu escritório trabalharem 10 pessoas em secretárias, cadeiras e computadores que tenham uma disposição idêntica, muito provavelmente, esses mesmos trabalhadores terão a mesma “postura” certo? Se culparmos essa mesma postura pelas causas dos problemas, seria expectável que todos tivessem as mesmas queixas. Será que tal acontece? O meu palpite é que não. O que funciona para mim, pode não funcionar para si porque todos nós somos incrivelmente únicos. Mas então qual será a solução? Sabe-se que mais do que um problema de postura, existe culturalmente uma falta de movimento. O ser humano é capaz de criar movimento e amplitudes fantásticas com o seu corpo, no entanto, passamos em média 10 a 12h por dia sentados sem que haja um recrutamento das estruturas responsáveis pelo movimento. Na grande maioria dos casos, a criação de uma rotina de movimento, durante a atividade laboral, é suficiente para que haja um grande alívio nas sintomatologias existentes. Sugiro então que, em vez de nos focarmos em mudarmos o nosso ambiente de trabalho, comecemos por nos focar em alterar os nossos hábitos.
Tomemos uma posição ativa na procura pelo nosso bem-estar a fim de colhermos frutos que tenham benefícios não só a curto, mas a principalmente a longo-prazo.
Uma rotina de movimento poderá ser introduzida para que exploremos novas amplitudes de movimento e proporcionemos posições de alongamento para o nosso corpo (deixo um exemplo em baixo). Refiro várias vezes aos meus clientes que não existe forma ideal para nos movermos, mas não nos movermos não é de todo a forma ideal.
A Organização Mundial de Saúde, vê na definição de “saúde”, não só a ausência de patologia ou enfermidade, mas um estado completo de bem-estar físico, mental e social, totalmente indissociável. Como profissional de saúde, venho assim sugerir que se reflita sobre que fatores do nosso dia-a-dia podemos influenciar para que esse “estado completo de bem-estar” possa ser melhorado e/ou atingido. Qual será o atual nível de stress? Como avalia a qualidade do seu sono? Em que forma física se apresenta? Que tipo de alimentação tem? Disponibilizo o meu contacto para alguma informação que possa necessitar: Email: j.luciano@disc-me.com Instagram: joaobabau.physio
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